Distritão, maior pedida da reforma política, ajuda deputados, mas prejudica a maioria 5s4h4a

  • Levi Vasconcelos
  • 15 Jul 2021
  • 10:55h

O prazo final da aprovação é outubro. Teremos barulho | Foto: Reprodução j4s33

Sabe o que é Distritão? É mais ou menos assim: a Bahia tem 39 vagas de deputado federal por qualquer partido, e ganha quem tiver mais voto. Assim vai também com as 63 vagas da Assembleia e as 43 da Câmara Municipal de Salvador.

Isso está no bojo como item principal da reforma política que se discute em Brasília, e os baianos lá por nós consultados são unânimes: há todo um clima favorável para aprovar.

O deputado Paulo Azi (foto), presidente do DEM na Bahia, carimba a tese, com a ressalva: ‘Eu sou contra, mas no que depender da Câmara, a’.

O xis da questão

Azi diz que há um sentimento dos deputados em salvar a própria pele diante da nova legislação que proíbe coligações. Se assim o é, cada partido tem que fazer chapas fortes. E cadê candidatos para preenchê-las?

— O problema do Brasil é o excesso de partidos, em torno de 30. Como achar candidatos com tantos partidos? Esse quadro se configurou com partidos atrás de tempo de televisão e do fundo partidário. É essa a reforma que o Brasil precisa.

Azi faz a ressalva de que, para ele, pessoalmente, seria melhor o Distritão, mas é um modelo em que os eleitos representariam apenas 30%.

— Sou contra o Distritão exatamente por isso, distorce e enfraquece a representatividade da sociedade brasileira. Com os eleitos representando apenas 30% dos votos como indica uma pesquisa, seria muito ruim.

O prazo final da aprovação é outubro. Teremos barulho.


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