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Morre aos 66 anos cantor e compositor baiano Evandro Correia 1y4vw
- Bahia Notícias
- 13 Jun 2025
- 08:18h
Foto: Reprodução / Redes Sociais 6r2p1g
O cantor e compositor Evandro Correia, de 66 anos, natural de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, teve a morte confirmada na quinta-feira (12), em decorrência de um infarto, sofrido na madrugada do dia, em casa.
O corpo do artista foi velado na Casa Memorial Régis Pacheco, situada na Praça Tancredo Neves.
Por meio de nota, a prefeitura de Vitória da Conquista lamentou o falecimento do ícone da cidade.
"Neste momento de dor, a prefeita Sheila Lemos, o secretário de Cultura, Eugênio Avelino (Xangai), e demais membros do Governo Municipal se solidarizam com os familiares, amigos e iradores de Evandro Correia."
A morte repentina de Evandro fez com que a cidade adiasse a abertura do "Arraiá de Conquista", que começaria nesta quinta. O evento será realizado na Praça Nove de Novembro, na sexta-feira (13).
SOBRE EVANDRO CORREIA
O baiano iniciou sua carreira musical em 1980, ao vencer o primeiro Festival Estudantil do Sudoeste da Bahia com sua música “Rosa Flor”. Em 1991, gravou o seu primeiro disco intitulado “Menino da Vida”, seguido por “Gema” (1993) e “Divindade” (1997).
Dono de uma voz imponente, e um vasto repertório, o artista, que tinha mais de 30 anos de carreira, lançou ao longo da trajetória 11 discos e dois DVDs. Ao público, Evandro presenteou com parcerias grandiosas, entre elas Dominguinhos, Xangai e Paulinho Pedra Azul.
Derramamento de óleo no mar: Bahia registra incidentes com impacto ambiental de até nível grave 5v91q
- Por Gabriel Lopes/Bahia Notícias
- 06 Jun 2025
- 14:12h
Imagem meramente ilustrativa | Foto: Divulgação / Oldendorff
Na Semana do Meio Ambiente, dados obtidos via Lei de o à Informação (LAI) junto ao Comando da Marinha do Brasil revelam que a Bahia foi palco de, pelo menos, dois episódios de poluição causados por embarcações nos últimos anos. Os registros integram a planilha elaborada com base na Norma da Autoridade Marítima para Prevenção da Poluição por Embarcações e Plataformas (Norman-401), e referem-se ao período de 2019 a 2024.
O primeiro incidente, datado de 21 de março de 2021, envolveu a embarcação Iberian Bulker, de bandeira das Ilhas Marshall. O vazamento ocorreu próximo à Baía de Todos-os-Santos, com um derramamento estimado em 50 litros de óleo do tipo VLSFO (óleo combustível com baixo teor de enxofre).
O responsável identificado foi a empresa Oldendorff Carriers GmbH & Co., que recebeu auto de infração nº 281P2023004137. A infração foi encerrada após o pagamento de multa no valor de R$ 14.062,50. Segundo a Marinha, o impacto ambiental foi classificado como nível 1, o mais brando da escala.
Já o segundo caso ocorreu em 19 de novembro de 2023, com a embarcação Torm Voyager, de bandeira da Dinamarca. O incidente, registrado na costa do extremo sul da Bahia, envolveu o vazamento de aproximadamente 6,3 metros cúbicos de xileno, uma substância altamente tóxica.
Foto:Bahia Notícia
O infrator foi identificado como Torm Shipping India Pvt. Ltd., e o impacto ambiental foi classificado como nível 4, correspondente à categoria “grave” na escala usada pela Marinha. Neste caso, o auto de infração nº 293P2025000794 segue com o processo aguardando andamento no sistema Sisauto, e a multa ainda não foi fixada.
As causas dos vazamentos foram categorizadas pela autoridade marítima: no caso do Iberian Bulker, a origem foi registrada como "abastecimento (bunkering) / transferência de óleo / resíduo (código 8)", enquanto o caso do Torm Voyager foi atribuído a “carregamento / descarregando (código 1)".
Os dados fazem parte de uma base nacional estruturada por distritos navais, com nove planilhas organizadas segundo as jurisdições regionais da Marinha. A Bahia está sob responsabilidade do 2º Distrito Naval, cuja sede está localizada em Salvador.
O sistema Sisauto é a ferramenta institucional de Auto de Infração que acompanha e gerencia as infrações aplicadas.
As informações foram encaminhadas para a Fiquem Sabendo, organização especializada em transparência públicas, em 16 de maio de 2025. A divulgação ocorre em meio a discussões sobre o fortalecimento de políticas públicas voltadas à preservação ambiental nas zonas costeiras brasileiras.
PIB da Bahia cresce 3,2% no 1º trimestre de 2025 e supera média nacional; agropecuária e indústria se destacam 5f484u
- Bahia Notícias
- 05 Jun 2025
- 10:41h
Colheita de soja / Foto: Divulgação / Aiba
A economia baiana registrou crescimento de 3,2% no primeiro trimestre deste ano ante o mesmo período de 2024. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (4) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Na comparação com o último trimestre de 2024, o avanço foi de 0,9%. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre de 2015 teve crescimento de 1,4%.
Já o PIB baiano totalizou R$ 138,5 bilhões em valores correntes. Desse montante, R$ 122,2 bilhões correspondem ao Valor Adicionado (VA) — indicador que mede a contribuição dos setores produtivos —, e R$ 16,3 bilhões são relativos aos impostos arrecadados no período.
Entre os setores econômicos, a agropecuária apresentou o maior crescimento no trimestre, com alta de 9,7%. Segundo a SEI, o desempenho foi puxado principalmente pelo aumento da produção agrícola nas principais culturas colhidas no período.
A indústria teve expansão de 4,8%, resultado influenciado pelas indústrias de transformação, que cresceram 5,9%, e pela construção civil, com alta de 6,8%. Já a produção de eletricidade, água e esgoto ficou estável (0,0%), enquanto a atividade extrativa mineral recuou 0,7%, impactada pela queda na produção de petróleo e gás natural.
O setor de serviços avançou 2,1% no trimestre, com destaque para atividades imobiliárias (+2,3%), transportes (+1,5%) e istração pública (+0,2%). O comércio ficou praticamente estável, com ligeira variação positiva de 0,1%, enquanto o grupo "outros serviços" cresceu 4,9%.
“Este resultado do PIB confirma o bom resultado econômico da Bahia, que cresceu acima do Brasil e que já vinha sendo apurado pelo aumento do emprego com mais de 40 mil novas vagas formais no ano, crescimento de 8,4% do turismo no trimestre e superávit na balança comercial baiana, revelando como a atração de investimentos locais correlacionada com as políticas que permitiram mais consumo das famílias vêm trazendo resultados econômicos positivos”, afirmou Armando Castro, diretor de Estatística da SEI.
"Hoje o Bahia joga contra qualquer time", afirma Rogério Ceni após triunfo sobre o São Paulo 4w6p2d
- Por Bia Jesus I Bahia Notícias
- 01 Jun 2025
- 12:14h
Foto: Maurícia da Matta / Bahia Notícias
Em noite inspirada de Willian José, o Bahia venceu o São Paulo por 2 a 1 neste sábado (31), na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, e voltou ao G-6 do Campeonato Brasileiro. Autor dos dois gols da equipe, o atacante foi o grande destaque da partida, que também marcou a primeira vitória do técnico Rogério Ceni sobre o clube onde é ídolo como treinador.
Na entrevista coletiva após o jogo, Ceni elogiou o desempenho do time, especialmente na primeira etapa, apesar da ausência de gols nos 45 minutos iniciais.
"Um jogo bem jogado, o primeiro tempo excepcional, muito bem jogado. No segundo tempo a gente fez os gols, depois veio o pênalti que deixou o time um pouco nervoso. É onde o São Paulo começa a chegar", analisou.
O treinador também comentou sobre a estratégia adotada nas substituições e o desgaste físico de alguns jogadores. “Everton cansou, e entrou Michel para fazer a função dele. Ademir voltando de lesão, Caio cansou um pouco. [...] A ideia era manter a característica do jogo, com mais força física.”
Rogério ainda destacou a atuação de Willian José, que foi decisivo não apenas pelos gols, mas também por sua movimentação tática.
"Ele jogou muito bem. Não só pelos gols. Hoje ele saiu mais da área porque o São Paulo tentou fazer uma marcação individual. [...] Acho que ele foi muito bem no jogo, claro que os gols também contam muito. Hoje teve uma qualidade técnica diferenciada", afirmou.
Ao final da coletiva, Ceni voltou a lamentar a eliminação na Libertadores, mas reforçou a evolução do Bahia e a competitividade da equipe no cenário nacional.
"É frustrante para nós também, era palpável a possibilidade de estar nas oitavas. Eu queria ser campeão da Libertadores, campeão de tudo, mas é preciso entender que tudo tem seu tempo, é um processo [...] Hoje o Bahia joga contra qualquer time, nem sempre ganha, mas está ali competindo. Todos querem o Bahia campeão, eu também quero. Se não for comigo, vai ser com o próximo. Tomara que não demore", concluiu.
O próximo compromisso do Bahia será nesta quarta-feira (4), contra o Confiança, em jogo atrasado da quinta rodada da Copa do Nordeste. A partida será realizada no Estádio Batistão, em Aracaju, às 19h.
Bahia é o 8° estado com mais mortes em desastres naturais no país desde 1991 6z4b1b
- Por Eduarda Pinto/Bahia Notícias
- 30 Mai 2025
- 14:00h
Foto: Ricardo Cassiano / Corpo de Bombeiros - RJ
A Bahia registrou 206 óbitos em decorrência dos desastres naturais no país, ocupando a 8° posição no levantamento nacional, considerando os registros médicos. Os dados do Atlas Digital de Desastres, atualizado anualmente pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), indica que além dos mortos, os desastres naturais na Bahia deixaram mais 219 mil feridos e enfermos ao longo dos 34 anos de registro.
As informações do foram atualizados na última terça-feira (20), considerando os anos entre 1990 e 2024. Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias junto a Sedec, os dados são obtidos por meio dos Formulários de Informações do Desastre (FIDE), documentos preenchidos pelos municípios para registro de ocorrências e solicitação de reconhecimento federal de situação de emergência ou calamidade pública.
Os formulários das Defesas Civis dos Estados também são considerados. As informações foram segmentadas no Atlas entre prejuízos de recursos humanos e econômicos. Nesta reportagem, serão abordados os dados relacionados aos tipos de desastres que acometeram o estado nos últimos anos e os prejuízos de recursos humanos, como desalojados, feridos, óbitos e entre que foram registrados na plataforma.
CENÁRIO DE DESASTRES NA BAHIA
Os números estão relacionados ao número de protocolos abertos sobre os desastres em cada estado da federação. Nos últimos 33 anos, a Bahia registrou 6.139 protocolos de desastres, sendo a maior parte deles categorizados como “climatológicos” - aqueles relacionados ao clima. Ao todo, foram 4.661 protocolos de desastres climatológicos, o equivalente a 75,9% do total.
Os desastres hidrológicos - eventos naturais relacionados à água - são 21,5% do total, com 1.325 ocorrência registradas. Os eventos meteorológicos - eventos que ocorrem na nossa atmosfera relacionados ao clima e ao tempo - são apenas 0,57%, com 35 casos. E os classificados como outros, foram 118, o equivalente a 1,9% do total.
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
Com relação aos tipos de desastres climáticos, a estiagem e a seca representam mais de 72% dos protocolos abertos pelos municípios. Ao todo foram registrados 4.459 casos. Em seguida, as enxurradas, correntes violentas de água geralmente causadas por tempestades intensas com trovoadas, foram o segundo maior evento registrado. Com 530 protocolos abertos, os eventos representaram 8,63% do total.
As fortes chuvas por si só foram citadas em 484 formulários municipais, cerca de 7,88% do todo. Incêndios florestais e inundações - eventos em que um rio ou mar transborda um curso de água, foram registrados em 202 e 152 protocolos na Bahia, respectivamente, e equivalem a 3,29% e 2,48% dos casos. Outros tipos de desastres climáticos representam cerca de 5,8% do total, com 312 registros.
IMPACTOS HUMANOS DOS DESASTRES
Além do número de óbitos, já citados, os danos humanos são registrados no Atlas como número de feridos, desalojados e desabrigados, e pessoas diretamente afetadas. São disponibilizados também alguns dados por municípios.
Ao Bahia Notícias, o chefe de projetos da Defesa Civil Nacional, Lucas Mikosz, explica como os números dos últimos 33 anos são somados a estatística. “Apesar de pouco provável, é possível que em um mesmo desastre, uma pessoa seja contabilizada como ferida e também como desalojada, por exemplo. Não existe determinação para que essa pessoa seja contada apenas em uma categoria, mas é algo muito raro. Se uma pessoa for afetada por duas ocorrências distintas, essa pessoa será contada como afetada uma vez em cada um dos eventos”, explica.
No que tange aos 206 óbitos, o ano com maior número de mortes por desastres naturais na Bahia foi 2013, com 82 mortes registradas. No ano em questão, foram 64 óbitos registrados na cidade de Milagres, no Vale do Jiquiriçá, em abril; outros 17 óbitos em dezembro, no município de Lajedinho, no Piemonte do Paraguaçu; e um em Teolândia, no baixo sul, também em dezembro.
De 1990 a 2024, cerca de 623 mil baianos ficaram desalojados e/ou desabrigados em meio aos desastres naturais. Além disso, foram mais de 216 mil pessoas feridos e enfermos registrados pelas organizações estatais. O recorde de pessoas desalojadas ou desabrigadas ocorreu em 2021, 146.906 pessoas ficaram desabrigadas em decorrência dos desastres, em diversos municípios, mas especialmente em Itajuípe, Ibicaraí, Valença, Itabuna e Gandu, todos municípios do baixo e litoral sul baiano. Apenas estes municípios contabilizaram cerca de 52 mil desalojados.
Neste ano, mais de 1,6 mil de baianos foram impactados por desastres naturais. Segundo Mikosz, esse número é obtido “somando o total de mortos, desaparecidos, feridos, enfermos, desalojados e desabrigados". "A novidade, na atualização de 2024 do atlas, é a contabilização do campo ‘outros afetados’ como diretamente afetados, em desastres de seca/estiagem. O motivo disso é que não existe no Formulário de Informações do Desastre um campo específico para danos humanos que contabilize os desabastecidos pela seca e essa população acabava não sendo corretamente representada”, explica.
Somando todos os anos, cerca de 29,60 milhões de baianos foram afetados por algum tipo de desastre natural nos últimos 30 anos. O número é equivalente a mais que o dobro da população baiana atual, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seria estimada em 14,8 milhões de pessoas em 2024.
As informações sobre os danos financeiros do estado podem ser conferidas na reportagem a seguir. (veja aqui.)
Meninas, sem deficiência e sem irmãos: Critérios rígidos de pretendentes geram entraves no Sistema de Adoção na Bahia 3a163s
- Por Eduarda Pinto/Bahia Notícias
- 27 Mai 2025
- 14:42h
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
Um total de 1.362 baianos estão cadastrados no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) enquanto mais de 1.089 crianças se encontram em serviços de acolhimento em todo o estado. As informações são disponibilizadas no sistema, mantido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O Sistema registra e monitora as crianças e adolescentes que ingressam ou deixam os serviços de acolhimento em todo o país, assim como dados sobre pretendentes nacionais e estrangeiros aptos à adoção.
No entanto, nem todas as crianças que estejam em unidades de acolhimento ou similares, mais conhecidas como orfanatos - termo descontinuado mediante a política nacional de assistência social -, estão disponíveis para a adoção (entenda aqui). Atualmente, apenas 259 crianças estão aguardando pedidos de adoção no estado.
Considerando o Dia Nacional da Adoção, lembrado no último domingo, dia 25 de maio, o Bahia Notícias foi afundo nos dados que retratam essa realidade no estado. O que os números mostram, no entanto, é que a desproporção entre os interessados e as crianças disponíveis para ingressar em uma nova família não são a única dificuldade deste sistema: os critérios selecionados pelos pretendentes também dificultam o processo de alinhamento dos perfis.
A BUSCA DAS FAMÍLIAS
Na plataforma do SNA, ficam disponíveis os dados gerais das crianças registradas pelso Tribunais de Justiça de todo o país, assim como parte dos resultados do questionário aplicado entre os pretendentes a adoção durante o cadastro no sistema. Os dados apontam que 81,4% (1.108) dos pretendentes são casais, enquanto 18,6% (254) não possuem um parceiro ou parceira.
No status civil, 919 são casados (67,5%) e 186 (13,7%) estão em união estável com algum parceiro. Entre os pretendentes que participam do processo sozinhos, 205 (15,1%) são solteiros e 39 (2,9%) são divorciados.
Conforme dados do SNA, a maior parte dos pretendentes busca por crianças menores de seis anos. Em números absolutos, as crianças de 2 a 4 anos são buscadas por quase um terço dos potenciais adotantes, cerca 30,4% (415). Crianças de até 2 anos tem um índice de busca de 27,31% (372) e crianças de 4 a 6 anos são do interesse de 24,67% (336).
O critério, enquanto uma barreira de conexão entre famílias e crianças, se confirma na realidade. Entre as crianças e jovens que aguardam a adoção na Bahia, mais de 66% delas, um total de 173 das 259, tem entre 10 e 17 anos.
Em termos de gênero, 55,4% dos pretendentes definiu que não tem preferência, mas os que definiram um gênero específico tiveram predileção pela adoção de crianças e jovens do gênero feminino, sendo 33,5% do total. O índice de predileção dos pretendentes por meninos é de 11,1%.
No critério étnico, os possíveis adotantes podem adicionar quais perfis estão dispostos a aceitar. A maior parte, com 704 aceites, é de crianças e/ou jovens de etnia parda. Para crianças e/ou jovens de etnia branca foram registrados 567 aceites e 553 marcaram que aceitariam crianças de qualquer etnia. 448 selecionaram que aceitariam crianças pretas, 383 buscam crianças amarelas e 358 tem interesse em adotar crianças e/ou jovens indígenas.
Os padrões se tornam mais complexos nos seguintes critérios: possibilidade de adoção de irmãos, crianças com doenças e crianças com deficiências. No que tange ao número de crianças que interessam aos pretendentes, 73,1% (995) gostaria de adotar apenas uma criança, enquanto 24,5% (334), gostariam de adotar até duas crianças. Apenas 2,4% (33) gostaria de adotar mais de duas crianças.
Os dados apontam ainda que no que diz respeito a deficiências físicas ou intelectuais, apenas 2,5% (34) dos pretendentes aceitaria crianças com deficiências físicas e/ou intelectuais, 1,8% (24) aceitariam adotar crianças com deficiência física, especificamente. Um total de 85,2% (1.160) das famílias apontou no questionário que não aceitaria crianças com nenhum tipo de doença. Cerca de 14,8% (202) afirmam que aceitariam.
A REALIDADE DAS CRIANÇAS
A realidade das crianças disponíveis para a adoção no estado são diferentes do que os pretendentes esperam. A começar pelo desejo de adotar apenas uma criança, o que leva a que mais da metade delas tenha que se separar dos irmãos.
Os dados do SNA apontam que, enquanto 44,7% (116) das crianças não possui irmãos, mais da metade (143) possui ao menos um irmão. No quesito étnico, 66,8% (173) das crianças e jovens são pardas, enquanto 27,4% (71) são pretas e 5,8% (15) são brancas.
A disparidade entre os interesses dos possíveis adotantes e as crianças registradas está no perfil de gênero. Apesar das meninas serem as mais requisitadas pelos pretendentes, elas são minoria: 44,8% (116) do total, frente a 55,8% (143) de meninos.
No que diz respeito a deficiências (físicas ou intelectuais) e doenças, 76,8% (199) não possuem nenhuma deficiência, seja física ou intelectual e 83% (215) não possuem doenças. 17% (44) possuem algum problema de saúde, que não se caracteriza como deficiência; 16,2% (42) das crianças disponíveis para adoção possuem alguma deficiência intelectual, 4,2% (11) possuem deficiência física e intelectual e 2,7% (7) possuem deficiência física.
TJ-BA decreta desconto em folha de servidores em greve e determina fiscalização de serviços mínimos 4nu19
- Por Aline Gama /Bahia Notícias
- 27 Mai 2025
- 10:35h
Foto: Aline Gama / Bahia Notícias
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) publicou nesta terça-feira (27) um decreto estabelecendo medidas istrativas para o período de greve dos servidores do Poder Judiciário baiano. O documento, assinado pela desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, determina o desconto nos vencimentos dos servidores que aderiram ao movimento paredista e reforça a fiscalização do cumprimento dos serviços essenciais, conforme decisão liminar obtida pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Bahia (OAB-BA).
A greve foi deflagrada pelo Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário (SINTAJ) em 6 de maio e, posteriormente, pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (SINPOJUD), em 12 de maio.
Segundo o TJ-BA a medida foi tomada, pois, uma paralisação prolongada compromete a prestação jurisdicional, causando prejuízos aos jurisdicionados e à advocacia, mesmo com a manutenção de serviços essenciais e um percentual mínimo de atendimento. O texto ressalta que a paralisação implica na suspensão do contrato de trabalho e a desobrigação do pagamento dos dias não trabalhados, de acordo com decisão do STF no Tema 531 e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Além disso, o decreto faz referência a uma decisão liminar proferida na Ação Civil Pública ajuizada pela OAB-BA contra o SINTAJ, que determinou a manutenção de pelo menos 60% do atendimento presencial e virtual, com prioridade para demandas urgentes. O TJ-BA determinou que magistrados e gestores das unidades judiciárias fiscalizem o cumprimento dessa medida e encaminhem mensalmente uma planilha à Presidência do tribunal, identificando os servidores que não compareceram ao trabalho em razão da greve, mesmo que tenham registrado frequência no sistema.
O decreto estabelece o desconto nos vencimentos e vantagens dos servidores grevistas a partir da primeira ausência, com os descontos efetuados na folha de pagamento do mês subsequente, que não atendam ao percentual estabelecido na Decisão liminar, ou seja, manter o efetivo de 60% dos servidores.
No dia 7 de maio, os servidores do Poder Judiciário da Bahia aprovaram, em Assembleia Geral Extraordinária, a deflagração de Greve Geral por tempo indeterminado. A paralisação atinge todas as comarcas do estado.
A decisão, segundo o Sinpojud, foi tomada diante da não tramitação do PCCV da categoria. O projeto, elaborado pelas entidades sindicais e aprovado pelo TJ-BA, foi enviado à Assembleia Legislativa em agosto do ano ado, mas ainda não foi colocado em votação.
Cachoeira do Mosquito, na Chapada Diamantina, está entre as mais buscadas do Brasil 1y4l5x
- Bahia Notícias
- 27 Mai 2025
- 08:27h
Foto: Reprodução / Guia Melhores Destinos
A Bahia se destacou em um levantamento da plataforma DeÔnibus sobre os destinos naturais mais procurados pelos brasileiros. A Cachoeira do Mosquito, localizada na Chapada Diamantina, apareceu entre as dez cachoeiras mais buscadas na internet no último ano.
Segundo a pesquisa, o interesse por esse tipo de destino cresceu 82% entre 2023 e 2024, período em que o Brasil enfrentou um dos verões mais quentes da história, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Apenas a expressão “cachoeira perto de mim” teve um aumento de mais de 300% nas pesquisas online.
A Cachoeira do Mosquito recebeu aproximadamente 4.650 buscas no período analisado, ficando na décima posição no ranking nacional. O atrativo baiano é conhecido por suas paredes rochosas e pelo cenário exuberante, com o facilitado a partir da cidade de Lençóis, um dos principais portais turísticos da Chapada Diamantina.
O ranking é liderado pela Cachoeira dos Pretos, em Joanópolis (SP), com mais de 168 mil buscas. Minas Gerais também se destaca com diversas quedas d’água entre as mais procuradas, como a Cachoeira Grande, a Cachoeira do Véu da Noiva e a Cachoeira das Andorinha.
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Bahia aciona alerta sanitário e reforça barreiras contra gripe aviária, mesmo sem casos no estado 3e393j
- Por Paulo Dourado/Bahia Notícias
- 23 Mai 2025
- 08:00h
Foto: Reprodução/Bahia Notícias
O recente foco de gripe aviária detectado em aves comerciais no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, acendeu o sinal de alerta sanitário em todo o país. Na Bahia, mesmo sem registro da doença, a Agência de Defesa Agropecuária (Adab) ampliou ações de prevenção e vigilância nas granjas.
Segundo a coordenadora de vigilância epidemiológica da Adab, Camille Andrade, não houve trânsito recente de aves entre o matrizeiro, onde ocorreu o surto, e o território baiano. Ainda assim, o estado ou a intensificar os protocolos de biossegurança. “Estamos reforçando as orientações aos produtores sobre a importância da notificação imediata em casos suspeitos. Se houver alta mortalidade ou queda brusca na produção de ovos, a Adab deve ser acionada. Temos até 12 horas para atender qualquer suspeita”, explicou.
O alerta mobiliza uma cadeia produtiva significativa. A Bahia é responsável por cerca de 60% da produção de frango que consome, com o restante vindo, em sua maioria, de Minas Gerais. Os polos baianos de produção estão localizados no extremo-sul, oeste e recôncavo. Este último é o mais antigo, com destaque para Conceição da Feira, devido à proximidade com grandes centros consumidores como Salvador e Feira de Santana. Já o oeste do estado tem atraído investimentos pela abundância de ração animal, o que reduz custos e estimula o crescimento da atividade.
Com esse cenário, a atuação dos órgãos de defesa sanitária se torna ainda mais estratégica.
VIGILÂNCIA REFORÇADA
Além da atuação direta nas granjas, a Bahia intensificou as fiscalizações em postos de controle agropecuário. Hoje, o estado conta com 22 postos fixos, a maioria em regiões de divisa. Como a Bahia faz fronteira com oito estados, o reforço nas barreiras móveis também é considerado essencial.
De acordo com Camille, os principais estados que enviam aves, ovos férteis e pintos para a Bahia, como Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Sergipe, não estão sob suspeita. Ainda assim, o rastreamento das cargas segue ativo.
RISCO HUMANO
A gripe aviária, apesar de sua gravidade entre aves, representa risco para humanos. Quem explica é a médica veterinária Lia Muniz, que possui mestrado e doutorado em Imunologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA/ICS), além de especialização em produção de suínos e aves.
Segundo a especialista, a transmissão para humanos está limitada a casos de contato direto com aves infectadas. “Trabalhadores de granjas, criadores e pessoas que lidam diretamente com aves doentes estão mais expostos. A contaminação ocorre principalmente pela inalação de partículas virais presentes nas secreções respiratórias e nas fezes dessas aves”, explicou.
No entanto, não há registros de transmissão da doença entre humanos. Para que isso ocorra, seria necessário que o vírus sofresse mutações e adquirisse capacidade de se espalhar entre pessoas, algo que, segundo Lia, é improvável, mas não impossível.
A especialista ressalta que os sintomas em humanos podem variar, com manifestações respiratórias e digestivas semelhantes às da gripe comum, mas que em grupos mais vulneráveis, como idosos e pessoas com comorbidades, a doença pode evoluir para formas mais graves.
Por isso, ela reforça a importância da vigilância epidemiológica contínua. “Uma nova pandemia só seria possível caso o vírus aviário se combinasse com o vírus da gripe humana, dando origem a uma nova variante capaz de transmissão entre pessoas. Já tivemos casos históricos desse tipo de rearranjo genético, inclusive com envolvimento de outros mamíferos, como suínos”, pontuou.
ALIMENTO SEGURO
Tanto a Adab quanto especialistas reforçam que o consumo de carne de frango e ovos continua seguro. O vírus é inativado pelo calor, por isso os alimentos devem ser sempre bem cozidos. Também é essencial verificar se os produtos têm selo de inspeção federal, estadual ou municipal.
“O consumidor deve dar preferência a produtos inspecionados. Isso garante que os alimentos aram por controle adequado”, disse Lia.
IMPACTO NO MERCADO
A ocorrência no Sul impactou as exportações brasileiras de produtos avícolas. Em alguns casos, a suspensão imposta por países importadores foi restrita ao Rio Grande do Sul ou apenas à região de Montenegro. As negociações para retomada dos embarques seguem em andamento.
Apesar de a Bahia não ter casos da doença, o setor de aves da região acompanha os desdobramentos. Qualquer oscilação no mercado nacional pode afetar preços e a logística de abastecimento.
Bahia tem quase 9,5 mil casos de picadas de escorpião nos primeiros meses de 2025 4x1d5l
- Bahia Notícias
- 21 Mai 2025
- 12:27h
Escorpiões comuns no interior baiano | Foto Ilustrativa: Reprodução / Pexels
Dados recentes do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (CIATox/BA) confirmam que em todo estado baiano foram registrados 9.495 casos nos quatro primeiros meses do ano. Os acidentes com escorpiões representam 71,5% das notificações envolvendo animais peçonhentos no estado. Só em 2024 o estado teve mais de 24 mil casos.
Um estudo publicado na revista Frontiers in Public Health aponta um aumento de 250% nas picadas de escorpião no Brasil na última década. Para Sâmia Neves, professora de Medicina Veterinária da Universidade Salvador (Unifacs), esse aumento está relacionado a fatores como o desmatamento e a expansão urbana desordenada, resultantes na perda do habitat natural dos escorpiões, o acúmulo de entulho, que oferece esconderijo ideal para eles, e as mudanças climáticas.
“Outros fatores importantes são a redução dos predadores de escorpiões por conta das ações antrópicas e o poder de adaptação de algumas espécies”, explica a especialista.
Para prevenir acidentes, é essencial manter a casa limpa e organizada, vedar portas e janelas, usar repelentes e inspecionar calçados e roupas antes de usar. Em caso de picada, procure atendimento médico imediato, lave a área com água e sabão, mantenha a calma e aplique compressas frias.
Importante destacar que é recomendação médica não cortar ou sugar a picada, esses hábitos não são eficientes após um ataque do animal. As espécies de escorpião de maior relevância na Bahia são o escorpião-amarelo (T. serrulatus), o escorpião-marrom (T. bahiensis) e o escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus). As informações foram divulgadas pelo Achei Sudoeste.
Com 7,9%, Bahia ocupa 3º posição na lista de estados com mais vagas de medicina em faculdades 725t2z
- Por Victor Hernandes/Bahia Notícias
- 21 Mai 2025
- 10:10h
Foto: Imagem Ilustrativa. Ascom/HECB
Números da demografia médica, Censo dos Médicos 2025, indicaram que o estado da Bahia é o terceiro estado com a maior quantidade de cursos de medicina (37) e o terceiro estado com a maior quantidade de vagas de graduação em medicina (3.849) no Brasil, em 2024.
As vagas anuais de graduação no estado em medicina representam 7,9% das vagas ofertadas no Brasil. No ano ado também, a Bahia possuía 37 escolas de medicina. Segundo o documento, foi encontrada uma proporção de 25,92 vagas por 100.000 habitantes em território baiano.
Na lista de quantidade de cursos por unidade da federação no ano anterior lideram São Paulo (80 cursos) e Minas Gerais (45 cursos).
Já o Nordeste, foi a segunda região com mais vagas, sendo 13.750 vagas, correspondendo a 28,4% do total. Nacionalmente, o Brasil obteve a marca de 448 cursos de medicina autorizados até 2025.
De acordo com o censo de 2023 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) foram listados 407 cursos que foram utilizados para a análise da concorrência. Já na análise dos mantenedores dos cursos (grupos educacionais privados, etc.), foram considerados 446 cursos de medicina. Já a quantidade de vagas totais distribuídas no país era de 48.680.
ENTIDADES PRIVADAS E PÚBLICAS
Ainda conforme o Censo dos Médicos 2025, a Bahia registrou mais vagas em faculdades privadas do que em públicas para o curso de medicina. Conforme o levantamento, as instituições privadas ofertavam 2.656 vagas de graduação em medicina, representando 69,1% do total de vagas no estado.
Já as instituições públicas alcançaram a marca de 1.193 vagas, correspondendo a 30,9% do total. Já no número de cursos, a Bahia possuía 24 cursos privados e 13 cursos públicos em 2024.
O estudo indicou que o estado reflete uma tendência nacional constatada nos últimos anos, que apontou no país, quase 80% do total de vagas de graduação. Em uma comparação dos 10 últimos anos, cerca de 91,5% das vagas preenchidas foram oriundas de alunos de entidades privadas. Na contramão, o ensino médio público obteve seu menor patamar histórico em 2024, representando cerca de 20,7% das vagas de graduação no país.
Bahia registra mais de 1.600 casos de estupro contra crianças e jovens em 2024; polícia reporta apenas 30% das denúncias 3r4o2j
- Por Eduarda Pinto/Bahia Notícias
- 20 Mai 2025
- 14:43h
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil
A Bahia registrou 1.636 denúncias de estupro de vulnerável, direcionado a crianças e jovens, no ano de 2024. É o que apontam os dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, canal do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), registrados a partir das denúncias do Disque 100. No entanto, os números da Secretária de Segurança Pública (SSP-BA) contabilizam apenas 31,9% do número divulgado pelo Ministério.
O indica que foram gerados 967 protocolos de denúncias relacionadas a violência sexual infantojuvenil. É por meio dos protocolos que as denúncias são contabilizadas, já que em um protocolo pode haver mais de uma denúncia.
No mês em que ocorre a campanha do Maio Laranja, em combate ao abuso e à exploração sexual infantil no Brasil, a Polícia Civil informou ao Bahia Notícias que foram registrados 522 casos de estupro contra crianças e jovens entre 0 a 17 anos no estado em 2024. Conforme os dados, as principais vítimas são as crianças de 12 a 17, que foram alvos de 448 casos registrados no ano ado; e 74 casos contabilizados contra crianças de 0 a 11 anos.
Os números apontam para um cenário alarmante de subnotificação deste tipo de violência, que podem ser explicado por dois recortes de análise: o cenário da violência e o perfil dos suspeitos. Mais da metade dos casos, cerca de 834 deles (50,9%), ocorreu na casa “onde a vítima e o suspeito residem”, indicando um contexto familiar de violência sexual. Outros 280 ocorrem na casa da vítima e 267 na casa do suspeito.
Os dados do não registram os possíveis vínculos prévios entre a vítima e o suspeitos. Na análise de perfil dos suspeitos deste tipo de crime, homens são os principais suspeitos, registrados em 61,8% dos casos, enquanto mulheres são as agressoras em 32,9% das denúncias. Os suspeitos têm, em sua maioria, uma idade entre 33 e 44 anos.
EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS
A educação sexual é uma das diretrizes do Plano Nacional de Prevenção Primária do Risco Sexual Precoce e Gravidez na Adolescência desde 2022. Conforme a cartilha oficial do Ministério da Saúde (confira aqui), este tipo de conteúdo consiste em um “processo de ensino, esclarecimento, aprendizado e diálogo que pode ocorrer em para que a criança, o adolescente e o jovem possam aprender e discutir sobre a saúde nas práticas sexuais, relacionamentos, afetos, diversidade sexual, gênero, reprodução, entre outros assuntos”.
Ao contrário do que muitos pensam, um relatório da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, em português), publicado em 2019 e baseado em 87 estudos de todo o mundo (confira aqui), indica que a abordagem da educação sexual nas escolas não resultou em uma antecipação da iniciação sexual de crianças e adolescentes.
O Bahia Notícias conversou com o pedagogo Manoel Calazans, assessor especial da Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC) para falar sobre o acolhimento de denúncias de abuso e exploração sexual infantojuvenis que chegam às escolas baianas.
“É um tema que exige muito cuidado da gente, principalmente de quem é educador, de quem trabalha em escola, porque, muitas vezes, o primeiro local onde a criança, adolescente, ou jovem relata qualquer caso de abuso é na escola. Então, a escola precisa ser muito atenta, sensível a essas situações e saber a quem recorrer”, é o que afirma o gestor.
“O nosso trabalho com a Secretaria de Educação é de orientação, então a gente a toda essa orientação aos gestores das escolas, sempre nas datas, a gente reforça isso junto aos diretores, nas publicações da secretaria, no nosso regimento. Então, a gente faz isso de forma muito sistêmica. Todo gestor de escola, ele é o tempo todo alertado pela secretaria a ter um posicionamento proativo em relação a qualquer tipo de abuso ou exploração sexual de criança e de adolescente”, destacou Calazans.
O alinhamento evita que os profissionais da educação sejam sobrecarregados com mais funções além da gestão acadêmica e operacional das escolas. Manoel explica que, para as escolas estaduais baianas, que abrangem principalmente o ensino médio para jovens entre 14 e 17 anos, é importante contar com uma rede de apoio da sociedade civil.
“A gente orienta os diretores das escolas e os diretores, por tabela, acabam orientando os professores e coordenadores pedagógicos em relação à questão do acolhimento, primeiro. Esse acolhimento, ele não pode ser um único profissional assumir isso, isso é uma questão de gestão da própria escola”, diz o professor Manoel. “Então, o diretor escuta o relato por parte do profissional que ouviu, que teve o primeiro relato e aí encaminha para os conselhos tutelares, que agem de uma forma mais sistêmica para acionar o Ministério Público e as varas da infância”, explica.
Com relação à educação sexual nas escolas, o professor relata que a abordagem é incluída nos estudos de sociologia e biologia, por exemplo, mantendo as características da base curricular.
“A gente já tem uma nova abordagem para essa situação, que é uma abordagem mais curricular, que é quando a gente usa a questão, é, sexualidade, gênero, diversidade sexual como eixo transversal, aparece nas nossas diretrizes como eixo. A gente trabalha como conteúdo”, conta. “Mas mesmo assim, a gente também tem orientação para qualquer tipo de violação, o diretor é preparado para acionar a rede de proteção imediatamente”, detalha.
“Inclusive nós temos um grupo de psicólogos e assistentes sociais que estão distribuídos em todos os núcleos da rede. Esse grupo vai à escola, o assistente social e o psicólogo, faz a orientação emergencial quando, por exemplo, tem uma situação de uma denúncia feita por um estudante ao professor”, conclui.
Com média de 24,49, Bahia tem um dos índices mais baixos em quantidade de médicos ginecologistas e obstetras 3v1p3d
- Por Victor Hernandes/Bahia Notícias
- 16 Mai 2025
- 14:40h
Foto: Geovana Albuquerque / Arquivo Agência Saúde GDF
A Bahia registrou uma das médias mais críticas nos dados relacionados à quantidade de especialistas em Ginecologia e Obstetrícia do Brasil. Um levantamento da Demografia Médica 2025, ado pela reportagem do Bahia Notícias, mostra que o estado tem uma média abaixo da razão nacional dos números de profissionais. Ambas categorias são consideradas exclusivas e essenciais para a saúde da mulher.
A pesquisa apontou que na comparação com o nível nacional de 37,07 especialistas por 100.000 mulheres, a Bahia tem somente 24,49 médicos por 100.000 pacientes do sexo feminino. A oferta desses profissionais entra na lista das unidades da Federação inferior a marca, dividindo o ranking com o Ceará (24,31), Amapá (23,29), Acre (21,46), Amazonas (20,09), Pará (15,34) e Maranhão (15,03).
Os números foram na contramão de outras regiões do país, a exemplo de Brasília, que liderou a média com 91,96, São Paulo em 47,38 Espírito Santo em 46,85 e Rio Grande do Sul 46,68, Mato Grosso do Sul, 41,06 e Rio de Janeiro com 40,93.
A Associação de Ginecologia e Obstetrícia da Bahia (SOGIBA) informou ao Bahia Notícias, que por conta desses números, vai avaliar a atual distribuição dos ginecologistas e dos obstetras atuantes no estado. A entidade disse que vai acompanhar também possíveis fatores que contribuem para o atual cenário.
“É um indicador que merece uma análise mais aprofundada antes de qualquer manifestação da associação”, disse a associação ao BN.
Em entrevista ao Bahia Notícias, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), Otávio Marambaia, afirmou que os dados obtidos em território baiano preocupam a entidade por conta da necessidade de mais especialistas da área. Segundo ele, a falta desses médicos pode ocasionar em diferentes problemas para as mulheres, principalmente das gestantes, que necessitam de serviços obstetras.
“Esse é um dado que preocupa, até porque precisamos de mais profissionais tecnicamente formados para atender as mulheres e, principalmente, naquele instante da mulher gestante, uma vez que nós temos hoje uma das taxas de mortalidade materno-infantil mais altas do Brasil, comparados a locais como a África Subsaariana, fazendo da Bahia um dos piores lugares para se nascer. Uma das causas disso é o número insuficiente de ginecologistas e obstetras, mormente pelas dificuldades encontradas nas condições de trabalho que esses profissionais têm que se submeter, principalmente na área pública”, observou.
O presidente do Cremeb indicou que o baixo número de trabalhadores do setor se deve a más condições de trabalho e por conta questões contratuais classificadas como precarizadas.
“A primeira questão é as más condições de trabalho. Segundo é a questão de vínculos empregatícios e contratos, que estão extremamente precarizados, onde os profissionais não têm segurança e, de fato, isso leva a uma insegurança que as pessoas preferem fazer outras especialidades onde não seja tão demandada”, considerou Marambaia.
O porta-voz ainda alertou a necessidade de ter uma quantidade duas vezes maior das duas classes, em especial na rede pública baiana.
“Diante da situação caótica em que nós estamos na assistência obstétrica na Bahia, eu acredito que, no mínimo, o dobro dos profissionais que já existem atuando deveriam ser formados para suprir a necessidade do estado. O número de profissionais para atender a saúde da mulher é um fato relevante. Isso é realmente um dado que necessita da atenção, principalmente, dos setores públicos", contou o médico.
Indústria baiana registra crescimento de 1,6% entre fevereiro e março, diz IBGE 55t2c
- Bahia Notícias
- 15 Mai 2025
- 08:19h
Foto: Reprodução / CNI / José Paulo Lacerda
A produção industrial baiana cresceu 1,6% entre fevereiro e março deste ano. É o que apontam os dados da Pesquisa Industrial Mensal realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quarta-feira (14). O crescimento estadual foi um pouco maior do que o registrado no Brasil todo, de 1,2%, e o 7º mais intenso dentre as outras regiões analisadas.
O IBGE revela que o avanço ocorreu após um recuo registrado entre janeiro e fevereiro, de -2,7%. Com os resultados deste mês, a indústria da Bahia acumula alta de 2,4% na produção, no primeiro trimestre de 2025, frente ao período homólogo. Fica acima do país como um todo (1,9%) e é o 4º melhor desempenho entre os 18 locais, 8 deles mostrando altas nesse acumulado.
Nos 12 meses encerrados em março, a produção industrial baiana também continua aumentando (2,5%), chegando à sua 11ª alta acumulada consecutiva. O índice segue, porém, abaixo do nacional (3,1%) e é apenas o 8º entre os 18 locais pesquisados, 14 dos quais avançam.
Na comparação com março de 2024, a produção industrial da Bahia também aumentou (3,9%), voltando a crescer, após a redução de fevereiro (-1,5%). Também na comparação entre os anos, a Bahia teve um desempenho maior que a média do país, que foi de 3,1%. Neste cenário, o estado ficou atrás apenas do Paraná (15,1%), Santa Catarina (9,3%), Pará (9,1%) e Mato Grosso do Sul (7,6%).
O avanço da produção industrial da Bahia frente a março/24 (3,9%) foi consequência de alta registrada exclusivamente na indústria de transformação (5,2%), visto que a produção da indústria extrativa apresentou sua sexta queda consecutiva (-17,3%).
Mas a maior contribuição para o resultado positivo da indústria baiana, em março, veio do segmento de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, que teve o segundo maior crescimento de produção (14,0%), mas é o segmento com maior peso na estrutura industrial do estado.
Por outro lado, com a maior queda, a fabricação de produtos químicos (-11,3%) foi a principal influência de baixa na produção industrial da Bahia, em março. Com resultados negativos em todos os meses de 2025, o segmento acumula a maior retração no primeiro trimestre do ano (-7,0%).
Após Dia D, Sesab prolonga ações de vacinação em postos de saúde na Bahia 1641b
- Bahia Notícias
- 13 Mai 2025
- 14:14h
Foto: Divulgação / Sesab
As doses de imunização contra a gripe seguem disponíveis nos postos de saúde em toda a Bahia. Após a campanha nacional do Dia D de vacinação contra a gripe, onde mais de 100 mil pessoas foram vacinadas, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) vai estender a ação de vacinação contra a gripe em todo o estado.
A meta é de imunizar as 3,6 milhões de pessoas incluídas no público alvo. Os imunizantes estarão disponível nos postos de saúde, fazendo parte do Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos (a partir de 60 anos de idade), tornando permanente a proteção para esses públicos.
Também fazem parte dos grupos elegíveis as puérperas, povos indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua, trabalhadores da saúde, professores, profissionais das forças de segurança e salvamento, forças armadas, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário, trabalhadores portuários, trabalhadores dos Correios, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, além de adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas e pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, independentemente da idade.
Na Bahia, o público-alvo é formado por 3,6 milhões de pessoas. A meta é vacinar 90% deste público. “A vacinação é a principal forma de prevenção e vamos trabalhar junto com os municípios para alcançar esta meta. A vacinação contra a influenza é fundamental para reduzir as complicações, internações e óbitos decorrentes das infecções pelo vírus”, afirma a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana.
Durante o Dia D, 2.825 pessoas foram vacinadas apenas no drive-thru montado no Centro de Convenções de Salvador, ação feita em uma parceria da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador.