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Haddad quer cortar 10% dos incentivos fiscais fazendo redução benefício por benefício 6b4ec
- Por Adriana Fernandes e Victoria Azevedo | Folhapress
- 10 Jun 2025
- 10:31h
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil 47413m
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou na reunião com a cúpula do Congresso um modelo para o corte de 10% dos incentivos fiscais. A ideia é reduzir benefício por benefício. Assim uma parcela de 90% da renúncia fiscal seria mantida e os 10% restantes voltariam para a alíquota padrão.
Se o benefício é uma isenção (que tem zero de imposto), ele a a ser tributado em 10% da alíquota padrão do imposto. Por exemplo, se a alíquota padrão é de 10%, o contribuinte aria a ser tributado em 1%. A alíquota padrão é aquela que é paga por todas as empresas e pessoas físicas que não são beneficiadas pelo incentivo tributário.
O modelo ainda terá que ser discutido pelo Congresso, como deixou claro o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Na reunião de domingo à noite (8) entre a cúpula do Congresso e Haddad, as lideranças partidárias afirmaram que querem discutir a proposta com suas bancadas.
Essa é uma medida sempre apoiada pelos parlamentares, mas na hora da votação enfrenta resistências. Uma emenda constitucional, a de nº 109, chegou a prever o corte linear dos incentivos, mas não funcionou na prática.
Um integrante do Ministério da Fazenda disse à reportagem que o corte de incentivos tem grande potencial de arrecadação e pode sozinho garantir uma receita extra até mesmo superior aos R$ 61,5 bilhões previstos inicialmente com todo o decreto de alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para 2025 e 2026. O representante da Fazenda disse que tem espaço com essa medida para "não ter mais alta do IOF".
O corte das isenções não estará na MP (Medida Provisória) das aplicações financeiras, que contém medidas compensatórias à desidratação do decreto do IOF, cujo impacto arrecadatório foi reduzido a um terço com as medidas apresentadas pelo ministro Haddad na reunião.
Os líderes também não aceitaram na reunião de domingo que a proposta fosse feita por PEC (Proposta de Emenda à Constituição), mas por lei complementar. Haddad propôs uma mudança via PEC, mas as lideranças do Amazonas foram contrários à ideia.
Os senadores Eduardo Braga (líder do MDB) e Omar Aziz (líder do PSD), temem que a Zona Franca de Manaus venha a ser atingida, porque um corte dos seus incentivos exige alteração da Constituição. Outras lideranças têm preocupações de as imunidades tributárias, previstas na Constituição, serem alcançadas pela medida.
Os benefícios do Simples, do MEI (Microempreendedores Individuais), da Zona Franca de Manaus e os produtos da cesta básica ficarão fora da lista, se a proposta avançar no Congresso. A exclusão desses itens já foi acertada na reunião, de acordo com relatos de participantes.
O deputado Mauro Benevides (PDT-CE) já se antecipou e apresentou um projeto para o corte das isenções. Ele disse à reportagem que a medida pode arrecadar R$ 75 bilhões, com a inclusão de todos os chamados gastos tributários, incluindo subsídios financeiros e creditícios
"Eu proponho no projeto que o Ministério da Fazenda escolha onde cortar, permitindo que ele possa cortar menos no setor que se expandiu e gerou emprego e assim por diante", explicou.
No pacote de dezembro de contenção de gastos, o Ministério da Fazenda foi contra um corte linear atingindo todos os benefícios.
Bolsonaro responderá a perguntas de Moraes pela 1ª vez no caso da trama golpista r6d2m
- Por Cézar Feitoza e Ana Pompeu | Folhapress
- 09 Jun 2025
- 16:29h
Foto: Antonio Augusto/STF
Depois de ar anos atacando o STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve se explicar pela primeira vez ao tribunal sobre sua participação na trama golpista de 2022.
Bolsonaro será questionado por Alexandre de Moraes. O ministro do STF foi alvo prioritário das ofensivas de Bolsonaro contra o tribunal. Agora, será o responsável por conduzir o processo que pode levar o ex-presidente à prisão.
A Primeira Turma do STF convocou sessões de segunda-feira (9) a sexta (13) para ouvir os oito réus do núcleo central da tentativa de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O início da etapa indica que o processo contra o principal grupo denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) se encaminha para o seu fim. O ritmo adotado por Moraes para a ação penal, com prazos curtos entre as etapas do processo, tem sido criticado pelas defesas dos réus.
O Supremo decidiu alterar a configuração do plenário da Primeira Turma para a fase de depoimento dos réus. O local será adaptado para parecer um tribunal do júri, com os acusados sentados lado a lado.
O ministro Alexandre de Moraes ficará sentado na tribuna principal, em cadeira tradicionalmente ocupada pelo presidente do colegiado. Uma fileira de cadeiras será incluída no plenário, entre os ministros e a plateia, para os réus ficarem sentados em ordem alfabética.
Será o primeiro encontro de Bolsonaro com o tenente-coronel Mauro Cid desde que o militar fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.
As revelações de Cid foram o fio condutor da denúncia da PGR. Foi o militar quem confirmou aos investigadores, pela primeira vez, que Bolsonaro convocou os chefes militares para discutir planos para reverter o resultado das eleições.
À direita de Bolsonaro estará o general Augusto Heleno, ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e um dos ministros que esteve mais próximo do ex-presidente nos primeiros anos de mandato. À esquerda, o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem vai ombrear o ex-presidente.
O primeiro réu a ser ouvido será Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator. Os demais serão interrogados por ordem alfabética: Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-chefe da Abin), Almir Garnier (ex-chefe da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).
Os depoimentos serão transmitidos ao vivo pela TV Justiça. As regras estipuladas por Moraes se diferenciam das normas estabelecidas para as oitivas das testemunhas, quando foram proibidas gravações de áudio e vídeo.
O ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou na sexta (6) que pretende responder às perguntas em seu depoimento, sem recorrer ao silêncio. Ele pediu aos apoiadores que assistam à audiência --chamada por ele de "inquisição".
"O que aconteceu em 2022 com toda certeza será falado por mim, quando ao vivo estiver no Supremo com cinco ministros na minha frente me cobrando, vale a pena assistir", disse.
"Não vou lá para lacrar, querer crescer, desafiar quem quer que seja. Estarei lá com a verdade do nosso lado. Creio que, se Deus quiser, mostraremos para vocês o que é o Brasil e para onde poderemos ir com o povo ao nosso lado", completou.
A maioria dos réus deve falar ao Supremo, segundo quatro advogados consultados pela Folha. A principal dúvida é quanto às condutas do ex-chefe da Marinha Almir Garnier Santos e do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.
Os réus podem permanecer em silêncio para não criar provas contra si.
Na Presidência, Bolsonaro acumulou uma série de declarações golpistas, provocou crises entre os Poderes, colocou em xeque a realização das eleições de 2022, ameaçou não cumprir decisões do STF e estimulou com mentiras e ilações uma campanha para desacreditar o sistema eleitoral do país.
Após a derrota para Lula, incentivou a criação e a manutenção dos acampamentos golpistas que se alastraram pelo país e deram origem aos ataques do 8 de Janeiro.
Nesse mesmo período, adotou conduta que contribuiu para manter seus apoiadores esperançosos de que permaneceria no poder e, como ele mesmo itiu, reuniu-se com militares e assessores próximos para discutir formas de intervir no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e anular as eleições.
A defesa de Bolsonaro nega a participação do ex-presidente em crimes e argumenta, entre críticas à denúncia da PGR, que não há provas de ligação entre a suposta conspiração iniciada no Palácio do Planalto, em junho de 2021, e os atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023.
Bolsonaro e os demais réus foram denunciados por supostamente liderar um plano no fim de 2022 para evitar a posse de Lula à Presidência da República. As principais acusações contra o ex-presidente estão relacionadas à edição de minutas de decreto e tentativa de conseguir apoio dos chefes das Forças Armadas para as iniciativas golpistas.
Todos os oito respondem pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado.
Parte dos crimes atribuídos aos réus tem relação com os ataques de 8 de janeiro de 2023. Segundo a denúncia, a multidão bolsonarista que invadiu as sedes dos Poderes foi incentivada por Bolsonaro e seus aliados para atentar contra o Estado.
Como a Folha mostrou, o STF tenta acelerar o processo da trama golpista para julgar o núcleo principal ainda este ano. O objetivo, dizem ministros nos bastidores, é evitar que o calendário eleitoral de 2026 contamine o julgamento do caso, que tem forte impacto político.
As defesas dos réus reclamaram do pouco tempo dado por Moraes entre a fase de depoimento das testemunhas para a etapa de inquirição dos réus. Elas alegam que o ritmo acelerado do processo impede a análise do material apreendido pela Polícia Federal durante a investigação.
Os investigadores enviaram para os advogados os arquivos com todas as informações usadas no inquérito da PF sobre a tentativa de golpe de Estado.
São 77 terabytes de arquivos digitais. Além da grande quantidade de dados, os advogados relatam dificuldade de manejar o material, que chegou de forma compactada, com documentos corrompidos, e outros cuja senha não foi disponibilizada.
Lula altera agenda na França sem dar explicações pr65
- Por André Fontenelle / Folhapress
- 09 Jun 2025
- 12:26h
Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou a participação em um jantar de gala neste domingo (8) em Nice e antecipou sua agenda da segunda-feira (9), em Lyon, sem explicar oficialmente o motivo. Uma fonte do governo ouvida pela Folha de S.Paulo atribuiu as mudanças ao possível cansaço pela agenda cheia na visita à França, que começou na quarta-feira (4).
Lula deveria participar de um jantar de gala no hotel Le Negresco, onde está hospedado, a partir das 20h30 locais (15h30 de Brasília). O encontro foi oferecido pelos organizadores da 3ª Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3). A conferência é promovida conjuntamente pelos governos da França e da Costa Rica. O Negresco é um dos hotéis mais tradicionais de Nice.
No entanto, a presença de Lula no jantar, que havia sido confirmada pelo governo brasileiro em reunião de informações à imprensa na sexta-feira (6), não apareceu na agenda oficial do presidente divulgada na manhã deste domingo.
Nesta segunda, o presidente tem duas agendas previstas: participação na UNOC3, a partir das 9h30 locais (4h30 em Brasília), e visita à sede da Interpol, organização internacional de polícias, em Lyon. A visita é uma cortesia ao recém-empossado secretário-geral da entidade, o delegado da Polícia Federal brasileira Valdecy Urquiza.
O horário da visita à Interpol, no entanto, sofreu duas mudanças sucessivas. Ela estava anunciada inicialmente para as 13h30 locais (8h30 em Brasília). Depois ou para 12h20 (7h20 em Brasília) e 11h35 (6h35 em Brasília).
Estar às 11h35 na sede da Interpol em Lyon, porém, praticamente inviabiliza a presença do presidente na sessão plenária da UNOC3, em Nice, já que só o deslocamento entre uma cidade e outra, de avião, leva uma hora.
Neste domingo, Lula participou da sessão de encerramento do Fórum de Economia e Finanças Azuis, em Mônaco, juntamente com o príncipe Albert 2º, de Mônaco; os presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Costa Rica, Rodrigo Chaves; e o príncipe William, herdeiro do trono britânico. Lula leu seu discurso na sessão, sem fazer improviso, teve reuniões bilaterais reservadas e saiu sem falar com a imprensa.
O objetivo anunciado do encontro é buscar financiamento para tornar mais sustentáveis atividades como a pesca e o transporte marítimo. "Na presidência brasileira do G20, fizemos do oceano nossa prioridade", afirmou o presidente. "Não falta dinheiro. O que falta é disposição e compromisso político para financiar [uma exploração sustentável dos recursos marinhos]."
À tarde, Lula almoçou no Negresco com o português António Costa, presidente do Conselho Europeu, e tinha um encontro previsto com o presidente do Benin, Patrice Talon.
Kassab reafirma que PSD apoiará Tarcísio em eventual candidatura à Presidência 68b6l
- Bahia Notícias
- 09 Jun 2025
- 10:24h
Foto: Marcos Corrêa/PR
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, voltou a declarar neste sábado (7) que o partido está pronto para apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em uma possível candidatura ao Palácio do Planalto em 2026. A afirmação foi feita durante um evento realizado pelo grupo Esfera Brasil, no Guarujá (SP).
"Todos sabem que Tarcísio é candidato à reeleição. Se não fosse, teria o apoio do PSD para a Presidência da República", disse Kassab, que atualmente ocupa o cargo de secretário de Governo e Relações Institucionais da gestão paulista.
A sinalização de apoio ao governador não é inédita. Em abril, Kassab já havia destacado que Tarcísio é o nome preferencial da legenda para disputar o comando do Executivo federal. Na ocasião, chegou a afirmar que, caso ele entre na corrida presidencial, a centro-direita não deve lançar outro nome.
Apesar da preferência por Tarcísio, Kassab mencionou que o PSD mantém outras opções caso o governador decida disputar a reeleição em São Paulo. Entre os cotados, estão os governadores Ratinho Junior (Paraná), que já atua como pré-candidato, e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), citado como alternativa mais recente dentro da legenda.
Lula discursa em conferência da ONU e visita Interpol no encerramento da agenda na França 4w723a
- Bahia Notícias
- 09 Jun 2025
- 08:22h
Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerra nesta segunda-feira (9) sua agenda oficial na França com participação na 3ª Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos (UNOC 3) e uma visita institucional à sede da Interpol.
O primeiro compromisso do dia será na cidade de Nice, onde Lula discursará na abertura da UNOC 3. O evento, organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), reúne líderes de diversos países para discutir a preservação dos oceanos e políticas ambientais globais.
Na sequência, o presidente segue para Lyon, onde visitará a sede da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). A ida à instituição tem caráter diplomático e está relacionada ao comando atual da entidade, exercido pelo delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza, o primeiro brasileiro a ocupar o cargo de secretário-geral da Interpol.
A visita ocorre poucos dias após a inclusão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista de difusão vermelha da organização, medida que possibilita a cooperação internacional em casos de busca e captura.
As informações são do Metrópoles.
Inep prorroga inscrições do Enem 2025 até dia 13 de junho 4m2h6k
- Bahia Notícias
- 07 Jun 2025
- 13:02h
Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil
O Ministério da Educação anunciou, neste sábado (7), a prorrogação das inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025. Inicialmente programadas para encerrar na sexta-feira, dia 6 de junho, as inscrições agora podem ser feitas até o dia 13 de junho.
Segundo informações da Agência Brasil, o pagamento da taxa de inscrição pode ser feito até o dia 18 de junho. Já os pedidos de tratamento por nome social e solicitações de atendimento especializado devem ser feitos até o dia 13 de junho, mesma data em que se encerram as inscrições.
Inscrições
Os participantes que tiveram os pedidos de isenção da taxa de inscrição e as justificativas de ausência em 2024 aprovados pelo Inep precisam se inscrever no exame.
Os estudantes do 3º ano do ensino médio em escola pública, mesmo com a inscrição pré-preenchida automaticamente, precisam atualizar os dados solicitados e confirmar a inscrição para garantir a participação nesta edição. Esses candidatos não pagarão a taxa de inscrição. A medida pretende estimular a participação desse público no Enem e facilitar o processo de inscrição. As informações são da Agência Brasil.
Lula volta a dizer que extrema direita não voltará a governar o Brasil e desconversa sobre candidatura de Haddad 68b35
- Por André Fontenelle | Folhapress
- 07 Jun 2025
- 11:04h
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Batendo com o dedo médio da mão direita no púlpito, o presidente Lula (PT) afirmou que "a extrema-direita não ganhará as eleições no Brasil" no ano que vem, em entrevista à imprensa neste sábado (7), em Paris.
"Estou te dizendo, olhando bem nos seus olhos", disse, em resposta a uma pergunta da Folha de S.Paulo. "A extrema-direita não voltará a governar esse país, sobretudo com discurso negacionista, mentiroso, muitas vezes até canalha."
Lula foi questionado sobre a estratégia do governo para as eleições, diante do projeto anunciado da oposição de conquistar o Senado, que será renovado em dois terços, para impor pautas conservadoras --e especificamente se o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, poderia deixar o governo para se candidatar a governador ou senador por São Paulo.
"Você acha que eu seria louco de responder isso agora?", reagiu Lula, sorridente. Em seguida, afirmou que só cuidará do tema no próprio ano eleitoral.
"Quando chegar o ano que vem, eu vou começar a discutir candidaturas. Eu não sei quem é melhor em que lugar. Nós temos que fazer o mapeamento do Brasil, ver a realidade. Eles querem eleger senadores, governadores, deputados federais, eu também quero. É um direito que todos queiram eleger. Quando chegar o momento exato, a gente vai escolher as opções", concluiu.
Repetindo o que já vem dizendo em outras ocasiões, Lula alertou para o risco de uma campanha da oposição alimentada por notícias falsas. "Não vai ser inteligência artificial ou fake news que vai fazer alguém ganhar a eleição. Sem respeitar as pessoas, os movimentos sociais, as mulheres, os negros, os indígenas, [a oposição] não vai ganhar as eleições."
Sobre as negociações de alternativas para o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), Lula reiterou que "está tudo acertado" desde a reunião do último dia 30 no Palácio do Alvorada, com o ministro Haddad e os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). "Vai acontecer exatamente aquilo que nós acertamos. Sem briga, sem conflito. Apenas fazendo aquilo que tem que ser feito", disse Lula.
Toffoli anula atos da Lava Jato contra ex-ministro Paulo Bernardo 2465u
- Por Ana Pompeu | Folhapress
- 07 Jun 2025
- 10:06h
Foto: José Cruz / Agência Senado
O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), anulou todos os atos da Operação Lava Jato e do então titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sergio Moro, contra o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo por ausência de justa causa.
Na decisão desta sexta-feira (6), o relator estendeu os efeitos de outra declaração de nulidade da operação contra Guilherme de Salles Gonçalves, advogado alvo de duas ações da Polícia Federal em investigações decorrentes da Lava Jato e corréu de Bernardo em ações penais.
"Cuidava-se, no caso, de varias fases da 'Operação Pixuleco' - decorrente da Lava Jato -, tendo sido reconhecida a existencia de conluio entre o ex-juiz Sergio Moro e integrantes do Ministerio Publico a partir de circunstancia objetiva envolvendo o previo acerto entre acusacao e magistrado para deflagracao de operacoes policiais que tinham como alvos o ora requerente, bem como Guilherme de Salles Goncalves", diz o relator.
Assim, o ministro entendeu serem idênticas as situações jurídicas em relação aos dois, como afirmava a defesa.
"Diante de tal quadro de absoluta anomalia institucional, em que Ministerio Publico e Judiciario atuavam em conluio em desfavor de alvos previamente escolhidos, a decisao deste e. STF deixa claro que o procedimento em desfavor do peticionario e fundamentado em medidas que desbordam, em muito, dos limites do devido processo legal", disseram os advogados do ex-ministro no pedido.
Em junho do ano ado, o ministro já havia anulado as provas contra Paulo Bernardo que tinham como base o acordo de leniência da Odebrecht. O material dava e à ação penal em curso na 22ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre (RS).
Paulo Bernardo comandou ministérios nos governos Dilma Rousseff e Lula e respondeu pelas acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção no âmbito da Custo Brasil, que foi um desdobramento da Pixuleco 2, a 18ª fase da Lava Jato.
Em Curitiba, quando era Pixuleco 2, e depois, como Custo Brasil, a operação contra Bernardo sempre teve dificuldades em avançar.
Em setembro de 2015, um mês após a Pixuleco 2 ser deflagrada, o STF decidiu retirar parte do processo de Moro e o dividiu entre o ministro Dias Toffoli (para pessoas com foro no Supremo) e a Justiça Federal de São Paulo.
IBGE diz que aguarda verba para iniciar testes do Censo Agro em 2025 1e294k
- Por Leonardo Vieceli | Folhapress
- 07 Jun 2025
- 08:28h
Foto: Divulgação
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ainda aguarda a liberação de orçamento para conseguir iniciar até o final deste ano os testes do Censo Agropecuário, disse nesta sexta-feira (6) o diretor de pesquisas da instituição, Gustavo Junger.
O cronograma do levantamento vive ime com a falta de verba. A previsão do IBGE é fazer a coleta das informações definitivas em 2026, após os testes e outras etapas preparatórias neste ano.
"O orçamento do Censo Agropecuário precisa ser debatido no âmbito ministerial, para liberação. Se a gente tiver condições, a ideia é começar os testes este ano, em novembro", afirmou Junger em entrevista no Rio de Janeiro, após a divulgação de dados de religião do Censo Demográfico 2022.
"É nossa intenção. Agora, a gente precisa ter o orçamento, que, de fato, a gente ainda não tem", acrescentou.
Conforme o diretor, o IBGE solicitou ao governo federal R$ 700 milhões para iniciar os trabalhos do Censo Agropecuário. Ainda não há confirmação de quantos recursos serão disponibilizados para 2025.
"A gente está aguardando, mas segue com todos os outros trabalhos de desenvolvimento de sistema, de aplicativo de coleta, preparação para treinamento", disse.
"Tem hoje uma discussão na casa sobre o modelo de treinamento que a gente vai usar, definição de questionário, toda essa parte independe de definição de orçamento. Essa parte toda segue o trabalho normalmente", acrescentou.
Em meio ao ime sobre a verba, a direção do IBGE também trabalha para substituir o servidor Octávio Costa de Oliveira do cargo de coordenador de estatísticas agropecuárias. A troca abriu uma nova frente da crise entre funcionários e a gestão do presidente Marcio Pochmann.
Oliveira já foi comunicado da sua exoneração, mas a saída do cargo ainda não foi formalizada, dependendo de trâmites burocráticos.
A Folha de S.Paulo apurou que divergências em relação ao cronograma do Censo Agropecuário pesaram na decisão. Entre técnicos da instituição, a avaliação é a de que os preparativos estão atrasados. Assim, realizar a coleta no próximo ano não seria a opção mais adequada.
A ideia de transferir o levantamento para 2027, contudo, enfrenta resistência no comando do instituto. O atrito resultou na exoneração de Oliveira, nome conhecido nos corredores do IBGE.
A edição mais recente do Censo Agropecuário é relativa a 2017. À época, o instituto contabilizou 5,1 milhões de estabelecimentos agropecuários no país.
Casos de influenza A seguem em alta no Brasil desde abril, diz Fiocruz 214yf
- Por Folhapress
- 06 Jun 2025
- 16:17h
Foto: Tony Winston / Agência Brasil
A influenza A segue em alta no Brasil desde abril, segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). O Boletim InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (5) indica que infecções por este vírus e pelo VSR (vírus sincicial respiratório) têm impulsionado o aumento de casos de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
A mortalidade por Srag foi semelhante entre crianças e idosos nas últimas oito semanas. Na população idosa, os óbitos estão mais associados à influenza A. Nas crianças, também predomina a incidência e a mortalidade pelo rinovírus e VSR. Os dados são referentes ao período de 25 a 31 de maio.
Segundo o boletim, o número de estados em nível de alerta para Srag subiu para 25. Além de São Paulo, também estão na lista Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
A pesar da alta de ocorrências de Srag em crianças na maior parte do país, a Friocruz afirma que já é possível verificar sinais ou manutenção de interrupção desse aumento em alguns estados das regiões Centro-Sul e Norte, além do Ceará.
No boletim Infogripe divulgado em 10 de abril, já era apontado os primeiros indícios de crescimento de Srag por influenza, principalmente no Mato Grosso do Sul.
De acordo com a Fiocruz, já foram notificados 83.928 casos de Srag no Brasil em 2025, sendo 41.455 (49,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 29.563 (35,2%) negativos, e ao menos 7.334 (8,7%) aguardamresultado laboratorial. Entre os casos positivos, 22,7% de influenza A, 1,2% de influenza B, 45% de VSR, 22,8% de rinovírus, e 11,1% de Covid-19.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 38,9% de influenza A, 0,9% de influenza B, 47,3% de VSR, 15,9% de rinovírus, e 1,7% de Covid-19. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos e no mesmo recorte temporal foi de 73,4% de influenza A, 1,3% de influenza B, 12,8% de VSR, 10,4% de rinovírus, e 5,1% de covid.
Vacina da gripe atingiu só 30% do grupo prioritário em SP
Apenas três em cada dez pessoas dos grupos de risco para a gripe -idosos, gestantes e crianças de seis meses a menores de seis anos- tomaram a vacina contra o vírus influenza na cidade de São Paulo. A cobertura está em 36,25%. A meta para esse público é de 90%, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.
Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde havia anunciado que a partir de março o imunizante integraria o Calendário Nacional de Vacinação e estaria disponível no país durante todo o ano para os três grupos.
Na população com mais de 60 anos, foram aplicadas 797.394 (38,01%) doses; crianças de seis meses a menores de seis anos receberam 233.610 doses (32%); e nas gestantes, foram dadas 29.157 doses (30,20%).
Levantamento revela quais ministros de Lula estão bem nas pesquisas para o Senado ou aos governos estaduais f81j
- Por Edu Mota, de Brasília/Bahia Notícias
- 06 Jun 2025
- 12:09h
Foto: Reprodução Redes Sociais
Apresentada desde o início do ano como uma das saídas para melhorar a gestão federal nesta reta final do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a reforma ministerial empacou nas últimas semanas, e poucas trocas aconteceram nos últimos meses no primeiro escalão do governo. Para complicar a situação, faltam apenas dez meses para a desincompatibilização dos ministros que desejam disputar as eleições de 2026, o que dificulta a atração de nomes para ingressar na Esplanada dos Ministérios.
Além de não conseguir efetuar medidas com que contava para melhorar a relação com os partidos que dão sustentação ao governo no Congresso Nacional, o presidente Lula deve enfrentar, no ano que vem, uma saída em massa de ministros que vão disputar algum cargo nas eleições de outubro.
Há uma perspectiva de que mais de 20 ministros dos atuais 38 se desincompatibilizem para disputar algum cargo nas próximas eleições. E diante do impacto que será para o governo essa saída em massa de ministros, há a perspectiva de que o presidente Lula faça novas mudanças optando por nomes que permaneçam no governo até o final de 2026.
Um desses nomes seria o do deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), cotado para entrar na Secretaria-Geral da Presidência no lugar do atual titular, Márcio Macêdo. Boulos já deu declarações de que, se ingressar no governo, não pretende disputar as eleições.
Entre os atuais ministros, há a avaliação que não sairão de seus postos para disputar as eleições os seguintes nomes:
Camilo Santana (Educação), Wolney Queiroz (Previdência Social), Márcia Lopes (Mulheres), Esther Dweck (Gestão e Inovação), General Amaro (Gabinete de Segurança Institucional), Jorge Messias (Advocacia Geral da União), José Múcio (Defesa), Frederico Siqueira Filho (Comunicações), Sidônio Palmeira (Secom), Macaé Evaristo (Direitos Humanos), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Ricardo Lewandowski (Justiça), Vinícius de Carvalho (CGU), Marina Silva (Meio Ambiente) e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social).
Caso os demais ocupantes de cargos de ministros confirmem suas candidaturas, todos deverão deixar seus cargos até o início de abril do próximo ano. Esse é o prazo previsto pela Justiça Eleitoral para respeitar o prazo de desincompatibilização, que exige o afastamento de ocupantes de cargos do Executivo ao menos seis meses antes do pleito.
Entre os ministros que poderiam sair do governo para se candidatar estão os seguintes nomes:
Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais); Alexandre Padilha (Saúde); Alexandre Silveira (Minas e Energia); André de Paula (Pesca e Aquicultura); André Fufuca (Esportes); Anielle Franco (Igualdade Racial); Carlos Fávaro (Agricultura); Celso Sabino (Turismo); Fernando Haddad (Fazenda); Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio); Jader Filho (Cidades); Luciana Santos (Ciência e Tecnologia); Luiz Marinho (Trabalho); Márcio França (Empreendedorismo); Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário); Renan Filho (Transportes), Rui Costa (Casa Civil); Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos); Simone Tebet (Planejamento); Sônia Guajajara (Povos Indígenas); Waldez Góes (Integração).
Levantamento realizado pelo Bahia Notícias sobre as pesquisas eleitorais divulgadas em 25 estados (Roraima e Santa Catarina ainda não tiveram sondagens para 2026) revela que ministros do governo Lula já aparecem em boa situação em eventuais candidaturas aos governos estaduais ou ao Senado. Não há pesquisas para a Câmara dos Deputados ou assembleias legislativas.
Veja abaixo algumas das pesquisas divulgadas recentemente e como os ministros aparecem em disputas para as quais tiveram seus nomes testados pelos institutos. Em alguns estados há mais de um cenário para Senado ou governo.
Região Nordeste
Alagoas
Governo
Renan Filho (MDB) - 43,5% (Ministro dos Transportes)
JHC - 43% (PL)
(Instituto Falpe)
Bahia
Senado
Rui Costa (PT) - 43,8% (Ministro da Casa Civil)
Jaques Wagner (PT) - 34%
(Paraná Pesquisas)
Maranhão
Senado
Carlos Brandão (PSB) – 43,2%
Weverton Rocha (PDT) – 41,1%
Eliziane Gama (PSD) – 18,5%
Pedro Lucas (União Brasil) – 12,8%
André Fufuca (PP) – 12,1% (Ministro dos Esportes)
(Paraná Pesquisas)
Pernambuco
Senado
Humberto Costa (PT): 31%
Anderson Ferreira (PL): 21%
Silvio Costa Filho (Republicanos): 15% (Ministro dos Portos e Aeroportos)
(Real Time Big Data)
Região Centro-Oeste
Mato Grosso
Governo
Janaína Riva (MDB) - 21,9%
Wellington Fagundes (PL) - 19,4%
Otaviano Pivetta (Republicanos) - 16,9%
Jayme Campos (União Brasil) - 11,8%
Carlos Fávaro (PSD) - 4,3% (Ministro da Agricultura)
Senado
Mauro Mendes (União Brasil) - 60,8%
Janaína Riva (MDB) - 29,2%
Pedro Taques - 18,3%
Jayme Campos (União Brasil) - 15,1%
José Medeiros (PL) - 13%
Carlos Fávaro (PSD) - 11,2% (Ministro da Agricultura)
(Paraná Pesquisas)
Mato Grosso do Sul
Senado
Reinaldo Azambuja (PSDB) - 38,3%
Simone Tebet (MDB) - 29,2% (Ministra do Planejamento)
Região Sudeste
Minas Gerais
Senado
Romeu Zema (Novo) - 52,7%
Rodrigo Pacheco (PSD) - 24,3%
Carlos Viana (Podemos) - 18,9%
Newton Cardoso Jr. - 12%
Eros Biondini (PL) - 11,2%
Alexandre Silveira (PSD) - 9,2% (Ministro das Minas e Energia)
(Paraná Pesquisas)
Rio de Janeiro
Senado
Flávio Bolsonaro (PL) – 39,8%
Benedita da Silva (PT) – 27,2%
Clarissa Garotinho (União) – 18,4%
Alessandro Molon (PSB) – 15,1%
Anielle Franco (PT) – 14,5% (Ministra da Igualdade Racial)
(Paraná Pesquisas)
São Paulo
Senado
Primeiro cenário
Eduardo Bolsonaro (PL) - 36,5%
Fernando Haddad (PT) - 32,3% (Ministro da Fazenda)
(Paraná Pesquisas)
Segundo cenário
Eduardo Bolsonaro (PL) - 36,5%
Geraldo Alckmin (PSB) - 34,6% (Vice-Presidente)
Capitão Derrite (PL) - 23,6%
Ricardo Salles (Novo) - 14,4%
Luiz Marinho (PT) - 11,8% (Ministro do Trabalho)
(Paraná Pesquisas)
Governo
Primeiro cenário
Tarcísio de Freitas (Republicanos) - 42,1%
Geraldo Alckmin (PSB) - 21,1%
Erika Hilton (PSOL) - 9,4%
Alexandre Padilha (PT) - 5,5% (Ministro da Saúde)
(Paraná Pesquisas)
Segundo cenário
Tarcísio de Freitas (Republicanos) - 46,5%
Márcio França (PSB) - 11,9% (Ministro do Empreendedorismo)
Erika Hilton (Psol) - 9,7%
Alexandre Padilha (PT) - 7,1% (Ministro da Saúde)
Região Sul
Paraná
Senado
Ratinho Junior (PSD) - 62,3%
Roberto Requião (PDT) - 26,8%
Beto Richa (PSDB) - 25,2%
Filipe Barros (PL) - 19,8%
Gleisi Hoffmann (PT) - 16,3% (Ministra das Relações Institucionais)
(Paraná Pesquisas)
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STF julga nesta sexta recurso de Carla Zambelli contra condenação por invasão ao sistema do CNJ 203573
- Bahia Notícias
- 06 Jun 2025
- 10:07h
Foto: Lula Marques/ EBC
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta sexta-feira (6) o recurso apresentado pela defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) contra a decisão que a condenou a dez anos de prisão. A parlamentar foi responsabilizada por envolvimento na invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.
O julgamento será realizado em ambiente virtual, com início às 11h e encerramento às 23h59. Participam da análise os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.
Além do recurso de Zambelli, também será apreciada a apelação do hacker Walter Delgatti Neto, condenado a 8 anos e 3 meses de prisão no mesmo processo. Segundo as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, a invasão ao sistema do CNJ foi executada por Delgatti a mando da deputada.
A sessão acontece em meio à repercussão da fuga de Zambelli do Brasil. A deputada deixou o país no início da semana, após ter sua prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes. Zambelli desembarcou em Roma na manhã de quinta-feira (4), depois de ar pelos Estados Unidos. Ela possui cidadania italiana e, segundo interlocutores, deve permanecer na Itália por tempo indeterminado.
A decisão da Primeira Turma poderá consolidar o cumprimento da pena imposta à parlamentar. Caso o recurso seja rejeitado, a prisão preventiva de Zambelli poderá ser convertida em prisão definitiva, sem necessidade de autorização da Câmara dos Deputados, já que a medida aria a ter caráter de execução penal.
A Procuradoria-Geral da República já se manifestou no processo, afirmando que o objetivo da prisão não é antecipar a pena, mas assegurar a aplicação da lei diante da tentativa da parlamentar de se esquivar do cumprimento da decisão judicial.
Com a manutenção da condenação, também poderá ser decretada a perda automática do mandato de Zambelli, além de facilitar um eventual pedido de extradição. A deputada ainda não se manifestou publicamente sobre o julgamento.
Sindicato diz que há colapso financeiro e operacional nos Correios j6hg
- Por Folhapress via Bahia Notícias
- 06 Jun 2025
- 08:20h
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Atraso no aluguel de agências, falta de pagamento de terceirizados e dificuldades no atendimento do plano de saúde dos funcionários estão entre os problemas denunciados pelo Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba) como reflexo da crise financeira dos Correios.
"Estamos diante de um colapso financeiro e operacional", diz Douglas Melo, diretor da entidade.
O sindicato afirma que houve paralisação de motoristas terceirizados por falta de pagamento às transportadoras, responsáveis pela distribuição de cargas em regiões como a zona sul de São Paulo, afetando centros logísticos como os de Jaguaré, Santo Amaro, Guarulhos, Cajamar. No Rio de Janeiro, o complexo Benfica também teria sido prejudicado, segundo o representante.
"São toneladas de encomendas paradas, sem previsão de entrega. Não é só São Paulo que está com problemas. A empresa perdeu o controle", diz o diretor. Ele aponta relatos de suspensão no abastecimento da frota própria dos Correios por inadimplência em postos de combustíveis.
À Folha de S.Paulo os Correios afirmam que "a prestação dos serviços de transporte ocorre dentro da normalidade". "A empresa está em contato com os parceiros logísticos e trabalha para resolver pontualmente eventuais pendências, assegurando a continuidade das operações", diz.
Os Correios afirmam, por meio de nota, que estão realizando ajustes para a melhoria da malha operacional. "Com foco na continuidade e qualidade dos serviços, a estatal está adotando uma série de ações corretivas e contingenciais para garantir a regularização dos prazos e minimizar impactos nas entregas. Além disso, a empresa está ampliando sua capacidade de distribuição, com operações extras aos fins de semana, e monitoramento diário e dedicado da evolução das entregas."
Desde 30 de maio, a estatal, que já lidava com sobrecarga de trabalho, segundo o sindicato, assumiu mais uma atribuição: atender aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
As agências dos Correios são a única opção de atendimento presencial para pedir restituição de descontos indevidos de associações e sindicatos, já que o INSS, diante dos escândalos das fraudes, não criou um canal presencial em suas agências. A consulta e o pedido de devolução são feitos também pelo site ou aplicativo Meu INSS ou por telefone, na Central 135.
Mais de 300 mil beneficiários do INSS em todo o país já foram atendidos pelos Correios até esta terça-feira (3).
Com um prejuízo de R$ 2,59 bilhões no ano ado, os Correios têm um plano para cortar despesas em R$ 1,5 bilhão em 2025, que inclui PDV (Programa de Desligamento Voluntário), incentivo à redução da jornada com diminuição de pagamento e suspensão temporária de férias, entre outras medidas.
Mas o sindicato pede o oposto: a contratação dos 3.500 concursados aprovados em seleção realizada em dezembro de 2024. "O concurso foi homologado e ninguém foi chamado. Essa mão de obra seria essencial para desafogar as unidades", diz Melo.
Segundo a estatal, até o momento, o PDV 2024 teve 1.176 empregados desligados e 2.716 ainda inscritos, totalizando 3.892 adesões em todo o Brasil. "Considerando um universo de aproximadamente 85 mil empregados dos Correios no país, esse número representa cerca de 4,6% do quadro nacional. Em São Paulo, onde há em torno de 23 mil empregados, o total de adesões ao PDV em nível nacional corresponde a aproximadamente 17% do efetivo do estado", afirma a empresa.
Em meio à pressão sobre as contas da estatal, a Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios) e seus sindicatos filiados -incluindo o Sintect-SP- protocolaram junto à direção dos Correios a pauta de reivindicações de sua campanha salarial. A primeira reunião de negociação deve ocorrer até 24 de junho.
"A Findect entende que os trabalhadores e trabalhadoras não são responsáveis por esse colapso istrativo e financeiro, e reafirma: não aceitaremos que a conta da crise recaia sobre quem move a empresa todos os dias", disse a entidade, por comunicado.
Uma das medidas dos Correios contestadas pelo Sintect é o plano de fechar ou fundir agências para reduzir custos. Um dos alvos seria o complexo Palma, na zona oeste de São Paulo.
O sindicato afirma que ao menos duas unidades paulistas estão em situação crítica por falta de pagamento de aluguel: Campo Limpo, na capital paulista, que teria ordem judicial de despejo, e Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, onde a agência teria sido despejada e o centro de distribuição, que assumiu a operação, também corre risco de ser removido, ainda segundo a entidade. Questionada sobre esse ponto, a estatal não respondeu.
Entre 2023 e 2025, foram fechadas 120 agências dos Correios, segundo a empresa. À Folha de S.Paulo os Correios afirmam se tratar de "medidas de otimização de custos com locação de imóveis" para um "plano mais amplo de sustentabilidade e eficiência operacional dos Correios". Dos imóveis ocupados por agências dos Correios, 65% são alugados.
"A ação contempla o encerramento de unidades instaladas em imóveis alugados e localizadas em áreas com sombreamento -ou seja, regiões onde há sobreposição de cobertura por outras agências próximas. Essa reestruturação é realizada com base em critérios técnicos e operacionais, e não implicará prejuízo à população nem impactará as metas de universalização postal", diz a estatal.
Douglas Melo diz que os funcionários também enfrentam problemas com o plano de saúde, que estaria praticamente suspenso no Brasil inteiro. "O trabalhador paga sua parte, mas a empresa não rea os valores. Fui com meu filho ao médico e precisei recorrer ao SUS [Sistema Único de Saúde], porque não há hospital credenciado atendendo", afirma.
À Folha de S.Paulo, os Correios negam falhas. "As disposições da Resolução Normativa ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar] nº 566/2022 estão sendo observadas e, portanto, está mantida a garantia de atendimento dos beneficiários da Postal Saúde", disse a estatal.
Segundo os Correios, a central de atendimento do plano de saúde direciona os beneficiários ao prestador "que atenderá o serviço ou procedimento demandado especificamente, na hipótese de qualquer indisponibilidade na rede".
Moraes determina novo inquérito contra Zambelli para apurar coação e obstrução de investigação 3n2h4f
- Por Ana Pompeu | Folhapress
- 05 Jun 2025
- 16:20h
Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta quarta-feira (4) a instauração de um novo inquérito contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), para apuração de suposta coação no curso do processo no qual ela foi condenada e obstrução de investigação de infração penal sobre organização criminosa.
"As diversas entrevistas da ré, em 3/6/2025, indicam que a sua fuga do território nacional se reveste, além da tentativa de impedir a aplicação da lei penal, também, na reiteração das condutas criminosas de atentar contra as instituições, por meio de desinformação para descredibilizar das instituições democráticas brasileiras e de interferir no andamento de processos judiciais em trâmite nesta corte", diz o relator.
Na mesma decisão, ele determinou à Polícia Federal que, em dez dias, faça a oitiva da parlamentar, além de monitorar e preservar conteúdo postado nas redes sociais dela ou de pessoas ligadas a ela, que tenha, segundo o ministro, pertinência com a investigação.
Como a parlamentar saiu do Brasil, o ministro autorizou que o depoimento seja feito por escrito.
"Em virtude de encontrar-se fora do território nacional, defiro a possibilidade de que os esclarecimentos sejam dados por escrito e que a mesmo seja notificada, inclusive, por seus endereços eletrônicos", disse.
Moraes também determinou ao Banco Central para que informe, detalhadamente, os valores e os remetentes de movimentações feitas por Pix para Zambelli nos últimos 30 dias.
Pouco antes da decisão, o ministro também pediu ao presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, a convocação de sessão virtual extraordinária para julgar na sexta (6) os recursos da deputada.
Ela foi condenada por unanimidade pelo colegiado a dez anos de prisão sob acusação de comandar invasão aos sistemas institucionais do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Também nesta quarta, Moraes determinou a prisão preventiva da parlamentar. O relator ainda incluiu na lista de perfis a serem bloqueados uma conta fake com o sobrenome da parlamentar e duas contas associadas a familiares da parlamentar.
O relator ainda comunicou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a decisão da prisão.
"Encaminho a Vossa Excelência os termos da decisão proferida nos autos em referência, cuja cópia segue anexa, para ciência e adoção das providências cabíveis, especialmente, para fins do cumprimento do item 2.2.", afirmou Moraes no ofício endereçado a Motta.
O item 2.2 da decisão prevê o bloqueio dos vencimentos da deputada e quaisquer outras verbas, inclusive destinadas ao gabinete da parlamentar.
Quaest aponta empate entre Lula e adversários em cenário de 2º turno para 2026 1g2045
- Bahia Notícias
- 05 Jun 2025
- 12:45h
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O levantamento da Quaest, divulgado nesta quinta-feira (6), mostra um cenário de empate técnico entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao menos cinco possíveis adversários em um eventual segundo turno nas eleições presidenciais de 2026. Os dados revelam uma mudança no panorama eleitoral desde a última pesquisa, divulgada em abril, quando Lula aparecia com vantagem sobre todos os nomes testados, exceto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo a sondagem, realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho com 2.004 entrevistados, Lula teria 41% das intenções de voto, mesmo percentual de Bolsonaro, que está atualmente inelegível. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Além de Bolsonaro, outros quatro nomes apresentam desempenho competitivo contra o atual presidente: Tarcísio de Freitas (Republicanos): 40% contra 41% de Lula; Michelle Bolsonaro (PL): 39% contra 41% de Lula; Ratinho Jr. (PSD): 39% contra 40% de Lula; Eduardo Leite (PSD): 36% contra 40% de Lula.
Apesar de Lula manter a dianteira numérica em todos os cenários, os resultados estão dentro da margem de erro e caracterizam empate técnico. A pesquisa indica um cenário eleitoral mais acirrado do que o observado nos primeiros meses do ano e aponta o crescimento de nomes da oposição no imaginário do eleitorado.